quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

OS FERIADOS E A INDEPENDÊNCIA

Completam-se hoje 371 anos que Portugal se libertou de 60 anos de domínio castelhano.
Para celebrar a restauração da independência em 1640, instituiu-se que o dia 1 de Dezembro seria feriado nacional.
Não obstante a importância desta data, tudo indica que este será o último ano em que este dia será assinalado como feriado nacional, na medida em que o governo da república já o referiu como um dos 4 feriados que pretende eliminar para compensar a não execução da redução da TSU, exigida pela troika.
Está provado que a anunciada redução de feriados não resultará num aumento de produtividade e incremento da economia.
Também não é verdade que em Portugal se desfrute de um número exagerado de feriados. Comparemos então o número de feriados anuais dos países seguintes: Alemanha 10, Bélgica 13, Espanha 33, Estónia 24, Finlândia 13, França 10, Grécia 15, Islândia 32, Itália 13, Letónia 14, Liechtenstein 16, Luxemburgo 13, Holanda 12, Portugal 14, R.Unido 16, Suécia 14.
A redução dos dias feriados resulta duma imposição dos "senhores dos mercados", que só é inquestionável porque afinal a soberania portuguesa já é uma miragem. De facto, passados 431 anos de 1580 a História repetiu-se e voltámos a perder a independência. Será que num futuro próximo poderemos almejar à sua restauração e instituir esse dia como feriado?
Será que quando chegar esse dia, os corruptos e "senhores dos mercados" que contribuiram para a actual situação, também serão defenestrados (atirados janela abaixo), à semelhança do que aconteceu ao traidor Miguel de Vasconcelos em 1640?...Se o dia 1 de Dezembro deixar de ser feriado, a restauração da independência em 1640 tenderá a ser esquecida e um povo que não conhece a história do seu país dificilmente valorizará a sua soberania. Isto parece particularmente grave neste momento em que está em causa a nossa independência.

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