terça-feira, 29 de março de 2011

EMPREENDEDORISMO É A RECEITA PARA O DESEMPREGO

A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 11,2% no primeiro mês de 2011 e a situação tende a agravar-se num futuro próximo. Consta até que altas figuras da vida portuguesa estão em vias de perder os seus empregos.

Uma das soluções que se deparam aos desempregados passa pela criação do seu próprio emprego, aproveitando os apoios concedidos pelo IAPMEI e requerendo o pagamento, por uma só vez, do montante global das prestações de desemprego. Este é um processo dinâmico a partir do qual os indivíduos identificam, sistematicamente, oportunidades económicas e, respondem, desenvolvendo, produzindo e vendendo bens e serviços.

É verdade que o desemprego é um drama social resultante da crise. Mas também é verdade que para os chineses, crise significa oportunidade. Por isso não surpreende que aqueles que tem privilegiado o relacionamento com os chineses, interiorizassem a filosofia de vida deste povo e empreendessem em transformar a sua crise pessoal numa real oportunidade de negócio.

domingo, 27 de março de 2011

EM ALVERCA AGUARDANDO A HORA DA MUDANÇA

Apesar de se ter registado uma mudança da hora durante a última madrugada, que implicou menos uma hora de sono, compareceram em Alhandra cerca de centena e meia de caminheiros prontos para um passeio pedestre com cerca de 12 kms.As negras nuvens que pairavam sobre Alhandra ameaçavam precipitação, mas o tempo manteve-se enxuto durante toda a manhã.Depois de atravessarmos Alhandra,cruzámos a linha de caminho de ferro e a A1,e caminhámos em direcção à Serra A-do-Formosoonde alcançamos um monumento às Linhas de Torres, constituído por um pilar em pedra suportando a estátua de Hércules.Do miradouro frontal ao monumento avistava-se o leito do rio Tejo.Ultrapassada a igreja matriz de S. João dos Montes,"carregaram-se baterias"e prosseguimos a nossa marcha.Após uma vertiginosa descida em que a vista para o Tejo compensava a incomodidade causada pela irregularidade do terreno,passámos pelo Bairro da Matae em breves instantes tínhamos diante de nós a célebre praça de touros de Vila Franca de Xirae uma estátua que homenageia os forcados ribatejanos.Com a ponte Marechal Carmona em fundo percorremos no passeio ribeirinho a distância que nos separava de Alhandra.Este caminho pedonal é já considerado um ex-libris do concelho.Em dia de mudança da hora, espera-se que no país chegue a hora da mudança. Que sejam tomadas as medidas acertadas para que os "barcos não fiquem em terra"e "naveguem" rumo à prosperidade e à justiça social. Hoje estivemos em Alhandra, no próximo domingo logo se verá...

quinta-feira, 24 de março de 2011

O PARLAMENTO APAGOU-SE


Os deputados foram apanhados de surpresa quando na terça feira passada, durante uma hora, a Assembleia da República ficou às escuras.
As únicas luzes que se viram nos corredores da Assembleia da República provinham dos ecrãs dos computadores e telemóveis dos deputados, funcionários e jornalistas que se encontravam no local.
Apesar de continuarem por apurar as razões do apagão, o WikiLeaks disponibilizou já alguns telegramas que admitem várias hipóteses para o sucedido:
- Os deputados entraram num ciclo de poupança começando pelo corte de energia;
- A EDP cortou a luz porque o Parlamento também está à rasca e não tem dinheiro para pagar a factura de energia;
- Foi sabotagem do governo na tentativa que o PEC 4 passasse no escuro;
- Um deputado do PS desligou os fusíveis para impedir que, no dia seguinte, o país assistisse em directo ao trambolhão de Sócrates;
- Alguém desligou o interruptor para ver se vislumbrava nas trevas alguma mente brilhante entre os deputados.
Seja qual for a hipótese correcta, o Pai do Bicho aposta que se tratou apenas de "estilhaços" do apagão político em que o país mergulhou.
É urgente que surjam (outras) cabeças iluminadas que abasteçam luz à vida política portuguesa, evitando assim que o apagão se propague e afecte as "casas dos portugueses".

segunda-feira, 21 de março de 2011

GRÂNDOLA E SAMORA ABRAÇARAM SINTRA

No passado domingo recebemos a visita de caminheiros de Grândola e Samora Correia.Concentrámo-nos pelas 09h30 em S. Pedro de Sintra para, após um curto "briefing",iniciarmos uma caminhada através de vielase calçadas desta freguesia que é caracterizada pelas suas lojas de antiguidades, solares brasonados, igrejas e uma famosa feira que remonta ao século XII e onde aos 2ºs. e 4ºs. domingos de cada mês se pode encontrar um pouco de tudo.Percorremos depois o Parque da Liberdade e a Volta do Duche, onde se encontravam expostas artísticas esculturas em pedraem frente à velha Fonte Mourisca.Chegámos então ao centro histórico da Vila de Sintra, que foi conquistada aos mouros no ano de 1147 e foi classificada como Património Mundial da Unesco em 1995.
Junto ao Palácio da Vila, construído no século XV e que foi utilizado pela Família Real Portuguesa até final da monarquia, em 1910,processou-se a habitual "foto de família",que no momento estava incompleta porque alguns dos seus membro tinham ficado a saborear a deliciosa doçaria da pastelaria Piriquita.Seguidamente atravessámos o centro histórico,passámos por uma cascata de alvas águase contornámos a Quinta da Regaleira, que foi mandada edificar por António Augusto Carvalho Monteiro ao arquitecto italiano Luigi Manini, nos primórdios do século XX. Esta quinta encerra em si uma forte influência pelas tradições míticas e esotéricas, reflectindo os ideais dos Templários e dos mestres da Maçonaria.Frente ao Palácio de Seteais, mandado construir no último quartel do século XVIII pelo então cônsul da Holanda em Portugal, numa porção de terra cedida pelo Marquês de Pombal e que é hoje uma unidade hoteleira de luxo do grupo Tivoli,começámos a trepar serra acima, através dum estreito atalho, com piso irregular entre quintas densamente povoadas de frondosas árvores,até alcançarmos a rampa da Pena.Como o esforço requerido pela subida abriu os apetites, fizemos uma pausa para o necessário aconchego estomacal.Como não podia deixar de ser, os nossos amigos alentejanos apresentaram um farnel rico em chouriços e várias qualidades de "belo tintol", que generosamente partilharam com os restantes caminheiros.Com as barriguinhas atestadas retomámos a marcha continuando a subida da rampa da Penaaté à entrada do Parque da Pena, que foi mandado plantar no terceiro quartel do século XIX por D. Fernando II de Saxe-Coburgo, rei consorte de Portugal, por ter casado com D. Maria II.O grupo deambulou pelo parque entre variadíssimas espécies vegetais, algumas delas exóticas,atravessou pontes,viu pequenos palacetes,visitou uma exposição de caméliase deslumbrou-se com o fabuloso Palácio da Pena, que D. Fernando II mandou erigir no século XIX, no local onde um raio destruiu antes do terramoto de 1755 um convento construído em madeira no século XVI, que pertencia à Ordem de S. Jerónimo. Este palácio assenta em enormes rochedos e mistura os estilos neo-gótico, neo-manuelino, neo-islâmico, neo-renascentista e indiano. Foi no Palácio da Pena que a D. Amélia, mãe do rei D. Manuel II, passou a sua última noite em Portugal. Foi a noite que antecedeu a implantação da República, de 4 para 5 de Outubro de 1910.A anteceder a saída do deslumbrante Parque da Pena, tivemos ainda ocasião para apreciar fontes,pequenos palácios,e diversos lagosalguns deles povoados por elegantes cisnes.Acedemos depois ao cume onde se encontra o Castelo dos Mouros, edificado entre os séculos VIII e XIX.Para finalizar o passeio matinal, descemos então a calçada que nos havia de levar de novo a S. Pedro de Sintra.A caminhada com cerca de 9 kms. foi dura. Contudo, a provar que esta actividade lúdica não conhece limites de idade, podemos afirmar que um participante júniore a D. Dilar que já é bisavó, tiveram uma brilhante prestação num percurso que contou com desníveis muito acentuados.Nas instalações da União Desportiva de Nafarros concluímos as "hostilidades" com um almoço servido aos 86 "pedo-mastigantes",constando a ementa de `sopa de legumes, bacalhau à Nafarros, carne de vitela estufada, doces variados e digestivos. Estava tudo divinal!Quase no final do repasto os simpáticos caminheiros de Samora Correia brindaram generosamente os presentes com um caixote repleto de deliciosos coscorões, ginjinha e abafadinho de confecção caseira. Estavam primorosos!Foi bom receber a visita dos amigos caminheiros de Grândola e Samora Correia. Esperamos ter-lhes proporcionado um domingo inesquecível. Ficamos agora a aguardar nova oportunidade para que eles voltem a
"ABRAÇAR SINTRA".