sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MUDANÇA DA HORA

É já este fim de semana que muda a hora. Por isso e em conformidade com a legislação em vigor, a hora legal em Portugal Continental será atrasada em 60 minutos às 2 horas de tempo legal (1 hora TUC*) já dia no próximo domingo, dia 31 de Outubro de 2010.
Tem assim início o período de "Hora de Inverno". Esta é uma boa nova num tempo em que as más notícias abundam, pois os mais dorminhocos poderão aproveitar mais uma hora de soneca.Seria bom para o país que este dia de mudança da hora correspondesse a uma HORA DE MUDANÇA. Ora bem!

*Tempo universal coordenado

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A ÉTICA DE EDUARDO CATROGA


Foi publicado na 2.ª Série do Diário da República um despacho do extraordinário João Duque, através do qual Eduardo Catroga é contratado para professor catedrático no ISEG, o que parece que não lhe ocupará muito tempo ("a tempo parcial 0 %"), e, pasme-se, o contrato produz "efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008".
O Prof. Doutor João Duque, que faz coro com Medina Carreira como comentador catastrofista sobre a situação financeira do país, deveria preocupar-se mais com os seus actos e iluminados despachos que emana.
O Pai do Bicho não esquece que o reformado Eduardo Catroga foi Ministro das Finanças de Cavaco Silva no tempo em que jorrava dinheiro da União Europeia em contrapartida da destruição do sector primário da nossa actividade económica. Ele foi co-responsável pelo abate de embarcações de pesca, o abandono dos campos e pela subsídio-dependência em que o nosso país se deixou cair.
Resta acrescentar que parece não ter sido por acaso que o PSD tenha escolhido Eduardo Catroga, correligionário de Cavaco Silva, para negociar o OGE para 2011 com Teixeira dos Santos. O homem até tinha tempo disponível...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CHURRASCADA EM MONTACHIQUE

Na mata circundante onde outrora existiu um famoso sanatório, existe há alguns anos o Parque Municipal de Montachique, que oferece aos visitantes vários espaços de lazer. Foi este o local escolhido para realizarmos, no último domingo, uma churrascada que contou com a presença de um número considerável de "mastigantes".As nuvens escuras ameaçavam chuva,mas isso não demoveu os pedestrianistas a iniciarem um curto passeio na distância aproximada de 8 kms. para abrir os apetites.No lavadouro público da aldeia de Casaínhos, as simpáticas lavadeiras foram convidadas a participar no passeio, mas recusaram porque ainda tinham muita "roupa suja" para lavar.A caminhada prosseguiu através de caminhos de terra batida,que alternavam com outros, de piso irregular sob vegetação rasteira.Não muito longe, a marcar sinais do tempo, a mistura de torres de cabos de alta tensão com as de energia eólica quase "matam" o bucolismo da paisagem,não fora algumas pequenas hortas que persistem em manter a sua ruralidade.Concluído o passeio, a força do apetite impôs que se apressasse a preparação do repasto. Enquanto o lume era preparadoe os enchidos aguardavam na "bicha",saborosos queijinhos foram devorados acompanhados do belo "tintol".O ambiente estava criado para um memorável repasto.Num grelhador os troncos de madeira consumiam-se em chamas que num ápice se transformavam em brasas para alimentar o outro assador.Entretanto, o entrecosto, febras e enchidos iam grelhando, ao mesmo tempo que geravam uma agradável impressão olfactiva que se transmitia ao estômagoe o Carlos ajudava a Tina a despejar o arroz no tacho com feijão que se encontrava ao lume.O João também se revelava um exímio cortador de chouriços.E pronto. Chegava o momento desejado de devorar as carnes e continuar a "entornar uns copitos".Seguiram-se as sobremesas: pastéis de nata,pudim e bolo.A finalizar, a "bica da ordem" foi tomada no bar do parque.
Cumprindo os mais elementares deveres cívicos, o grupo só abandonou o local depois de providenciar que tudo ficasse ainda mais limpo que anteriormente.E foi com os estômagos aconchegados e uma expressão de alegria colectiva que regressámos a casa.Destaque-se ainda a preciosa e imprescindível colaboração do "Casal Morais" que, com o seu habitual espírito voluntarioso, assumiu toda a logística e tudo fez para que nada faltasse.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

AMMAIA - CIDADE ROMANA a visitar

O Pai do Bicho visitou há dias as Ruínas da Cidade Romana de Ammaiae ficou deveras impressionado pela vasta riqueza arqueológica que ali se encontra, que contrasta com a quase inexistente divulgação deste importante local histórico.Situadas bem próximas da bonita vila de Marvão, em pleno Alentejo, no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede,as Ruínas da Cidade Romana de Ammaia localizam-se numa zona de grande beleza, atestando a sua grandeza patrimonial.A área urbana aproximar-se-ia originalmente dos vinte hectares. As escavações arqueológicas iniciadas em 1995 colocaram a descoberto cerca de 3.000 m² e um número e uma qualidade de estruturas que permitem afirmar estarmos na presença de um dos testemunhos mais importantes da passagem dos romanos em todo o Alto Alentejo.De entre as construções exumadas constam as correspondentes ao antigo fórum (praça pública) de dimensões consideráveis e pavimentado com lajes graníticas, onde se erguia o podium de um templo,a par de vestígios dos antigos banhos públicos e de um teatro.No local existe o Museu Monográfico da Cidade de Ammaia,por forma a mostrar a vida quotidiana da população que aqui viveu, bem como os diversos objectos aqui encontrados e inventariados, possuindo mesmo uma das mais importantes colecções de vidros romanos da Península Ibérica.No interior do museu podem ser apreciadas entre outros objectos, uma colecção de lucernas,várias moedas cunhadas pelos romanos,diversos recepientes de cerâmica,pedras de anéis, sinetes, etc...A cidade romana de Ammaia e o seu museu merecem ser mais divulgados e o Pai do Bicho deixa aqui o seu modesto contributo para que aumente o seu número de visitantes.
Estrada da Calçadinha
Lugar da Portagem
São Salvador da Aramenha
Marvão

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

JOSÉ SARAMAGO - Citações (VI)

Eu acredito que o sentimento é como a Natureza. Não podemos, em nome da experimentação, da frieza científica, da objectividade e de todas essas coisas, expulsar o sentimento das nossas preocupações e das obras que vamos escrevendo. O sentimento estará sempre na moda, porque homem e mulher sempre sentirão amor. Não se pode matar o amor. Por isso tem uma presença tão importante nos meus romances.

“La isla ibérica. Entrevista con José Saramago”, Quimera, Barcelona, nº 59, 1986

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SOPA DOS POBRES PARA RICARDO GONÇALVES

O Pai do Bicho leu há dias no Jornal de Notícias um artigo de opinião de Manuel António Pina sobre declarações inusitadas do deputado do PS Ricardo Gonçalves e não resiste em partilhá-lho com os leitores desta página.
Vejamos então o comentário irónico deste articulista:

«De pé, ó vítimas da fome
O deputado do PS Ricardo Gonçalves quer que a cantina da AR abra "à hora de jantar" para acudir aos deputados, que "são de longe os mais atingidos na carteira" pelas medidas de austeridade, já "quase não [tendo] dinheiro para comer".
Ao CM, Ricardo Gonçalves queixou-se de que, além de uns miseráveis 3700 euros de vencimento, apenas recebe mais "60 euros de ajudas de custos por dia" para "viagens, alojamento e comer fora".
Compreende-se o seu desalento. O deputado Gonçalves deixou uma próspera carreira de professor para, respondendo ao chamamento cívico, passar a deputar na AR, e agora tem que se governar com 3700 euros por mês mais 60 euros por dia para "viagens, alojamento e comer fora".
Não surpreende que Teixeira dos Santos ande a "dormir mal" e que Sócrates tenha, como confessou na AR, "apertos de coração".
Deputados esfomeados é coisa horrível de ver (dir-se-á que Ricardo Gonçalves não representa a deputação, mas o facto de Maria José Nogueira Pinto lhe haver em tempos chamado "palhaço" confere-lhe desde logo ampla representatividade).
Justifica-se que, no próximo PEC, o Governo poupe um pouco mais no subsídio de desemprego e no Rendimento Social de Inserção. Ou nas pensões, cujo valor médio já anda pelos 397,17 euros, o que faz dos pensionistas "de longe os menos atingidos na carteira".
Com essa redução da despesa poder-se-á servir uma ceia de Natal condigna na cantina da AR.»


Infelizmente as declarações do deputado Ricardo Gonçalves não eram para os "apanhados". As palavras deste deputado da nação chegam a ser revoltantes se pensarmos numa substancial parte da população que tem que gerir o seu parco salário e faz das tripas coração para conseguir uma refeição por dia.
Se este senhor deputado se sente mal com emprego que escolheu, procure outro melhor; quem sabe se até não lhe levam a comida a casa...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

TIRAR O CAVALO DA CHUVA


Pode tirar o seu cavalinho da chuva porque não o vou deixar sair hoje!
No século XIX, quando uma visita era breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, num lugar protegido da chuva e do sol.
Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
Nas próximas eleições, muitos gostariam de poder dizer a Sócrates para "TIRAR O CAVALO DA CHUVA"!

domingo, 10 de outubro de 2010

BONANÇA NO RIO DA MULA

Depois duma semana marcada por chuva intensa, a bonança voltou e com ela trouxe o Bruno que se "baldou" aos últimos passeios.Contámos também com a agradável presença da Carmo, que revelou ser uma excelente companheira com a sua contagiante jovialidade.Desta vez partimos da Barragem do Rio da Mula, que se apresentava bem composta de água, a reflectir o frondoso arvoredo que a circunda.Depois de iniciarmos a caminhada,pareceu surgir no céu um curioso efeito de ilusão fotográfica,que visto de outro ângulo e com fundo verde, se constata com facilidade, tratar-se de uma enorme teia de aranha.Não nos deixámos enredar na dita teia e trepámos a encosta da serra ao longo de 5 kms,até alcançarmos a estrada de asfalto que segue em direcção aos 4 caminhos. Aí chegados pareceu que tínhamos ficado prisioneiros de toda a beleza natural que a Serra de Sintra encerra.Depois de "carregarmos baterias"seguimos ao longo da Tapada D. Fernando IIe junto a um estaleiro, a Tina e o Luís fizeram uma pequena demonstração de como se opera uma betoneira.Com a Cruz Alta a servir de referência à nossa rota,tomámos o caminho de regressoe até deu para colhermos e degustarmos saborosos medronhos com que a natureza nos prendou.Depois de cruzarmos o parque de lazer da Pedra Amarela,chegámos finalmente à Barragem do Rio da Mula com mais 11 kms. nas "canetas".Foi uma manhã "gira", saudável e divertida!