sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO (1922-2010)


José Saramago morreu hoje em Lanzarote, aos 87 anos de idade.
José de Sousa Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho da Golegã no ano de 1922 e aos três anos de idade acompanhou seus pais que emigraram para Lisboa. Devido a dificuldades económicas familiares apenas concluiu os estudos secundários (liceal e técnico).
Serralheiro mecânico foi a sua primeira profissão, tendo depois exercido outras, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova". Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". A partir de 1976 viveu exclusivamente do seu trabalho literário. Foi escritor, argumentista, dramaturgo, romancista e poeta.
Apreciado em Espanha, onde era considerado filho adoptivo, a sua obra foi traduzida para várias línguas, prestigiando a língua portuguesa.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
A sua insubmissão, combate pela justiça e meio ambiente e fortes convicções, que transparecem no seu legado literário, geraram polémicas.
José Saramago deixa também uma Fundação sem fins lucrativos, dirigida pela sua mulher Maria del Pilar del Rio Sánchez, com o objectivo de promover o estudo da obra literária do seu Instituidor bem como da sua correspondência e espólio e respectiva preservação. José Saramago permanecerá vivo através da obra que nos deixou e que constitui motivo de orgulho para todos os portugueses.

Obrigado José Saramago!

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