sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PENHA GARCIA - Aldeias Históricas (VII)

Considerada por muitos o "presépio" da Beira, a aldeia de Penha Garcia situa-se na encosta meridional da serra com o mesmo nome, com a barragem, o vale e as azenhas aos pés e, tendo a Norte a Serra de Malcata, a Este a Serra da Gata (em Espanha), a Sul a planura interrompida pela imponente colina de Monsanto, e a oeste a Serra da Estrela.Trata-se de uma povoação muito antiga, com povoamento neolítico, foi castro Lusitano e povoação Romana. Depois da Reconquista, D. Afonso III atribui-lhe foral e doa Penha Garcia à Ordem de Santiago para que esta efectuasse a fortificação da zona. Tal não veio a acontecer e D. Dinis retira-se dessa ordem a favor da Ordem do Templo e posteriormente, para a Ordem de Cristo. Foi couto do reino até ao séc. XVIII e sede de concelho até 6 de Novembro de 1836.Das antigas construções restam ainda a Igreja Matrize o Pelourinho.Esta aldeia em pedra desenvolve-se por ruas estreitas e becos, por pequenos pátios e escadinhas e por entre casas de pedra pode subir-se ao Castelode onde se avista o deslumbrante vale encaixado do rio Pônsul,com o seu famoso conjunto de antigos moinhos.Ambiente de grande exotismo, onde a Natureza caprichou, pondo a descoberto interessantes exemplares raros de fósseis.As ruas labirínticas compostas por pequenas casas de xisto estão cobertas de flores.As autoridades locais efectuaram aqui um excelente trabalho.Recuperaram os moinhos tradicionais, que funcionam e onde se pode ficar a dormir,marcaram caminhos por entre o curso do rio, com pequenas pontes de madeira, canteiros, mesas de quartzito para quem quiser merendar,uma casa para mostra de fosseis (que proliferam ali) e até uma piscina natural. Como se vê, não faltam razões para uma visita a Penha Garcia.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O CAOS NA INFORMAÇÃO


O Pai do Bicho tem visto na TV alguns debates com intervenção de Carlos Abreu Amorim e raramente está em concordância com as ideias por ele explanadas. Isso não invalida que esteja de acordo com uma frase sua, que parece traduzir a abordagem caótica dos casos mediáticos com que a imprensa invade o nosso cérebro.
Eis a frase:

"Cada vez mais, a informação circula em 'spin', intencional ou desmiolado, apenas nos cabendo comer a 'palha' que nos põem à frente".

(Carlos Abreu Amorim, "Correio da Manhã", 24-02-2010)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ÁGUA PARA OS MAIS POBRES



A Earth Water é uma água embalada mineral premium, sendo uma marca ambiental e socialmente responsável, cujo lucro reverte na totalidade a favor dos Programas de gestão de Água nos países em desenvolvimento.
O objectivo principal deste projecto consiste em doar ao Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados cinco milhões de dólares até 2013.
A comercialização da Earth Water em Portugal iniciou-se em Setembro nos hipermercados Modelo e Continente, contando também com a colaboração da Tetra Pak, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTF Partners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.
Uma vez que todos os dias morrem cerca de 6000 pessoas por falta de água potável, e que cada embalagem destas custa apenas 0,64€, porque não contribuir para esta causa e fazer dela mais uma forma de ajudar quem precisa?

Mais informações sobre este projecto da UNHCR aqui.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

NET PAY COBRA TAXAS SEM AVISO PRÉVIO

Efectuar operações bancárias através do Multibanco é já indispensável para a esmagadora maioria dos portugueses.
Os serviços prestados têm sido gratuitos apesar de alguns bancos terem já ensaiado algumas tentativas de cobrar taxas pela utilização dos serviços disponíveis na rede Multibanco.
Até agora só a rede electrónica Netpay, propriedade do BPN, se permitiu cobrar taxas pela utilização das suas caixas automáticas.
Esta cobrança não sendo ilegal, carece de transparência e informação, constituindo um claro atropelo aos direitos dos consumidores. Bastava apenas informar previamente os utilizadores que é cobrada uma comissão para que tudo ficasse claro.
Contudo, aos olhos do Pai do Bicho, esta cobrança parece injusta, na medida em que os Bancos reduziram substancialmente os custos com o pessoal após a implementação e o uso massivo das Caixas Multibanco.
A rede Multibanco, propriedade da SIBS, dispõe de cerca de 11.440 caixas automáticas no Continente e Ilhas com serviços gratuitos, enquanto a concorrente, rede Netpay, propriedade do BPN, tem cerca de 80 máquinas.
É só escolher a rede, evitando as ATM's com o símbolo da rede que pertence ao Banco que já teve como administradores Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Lembram-se deles?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

FERNANDO NOBRE

O Pai do Bicho propõe hoje conhecermos melhor o perfil de um possível candidato às próximas eleições presidenciais - Fernando Nobre.
Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda em 1951, mudando-se para o Congo com 13 anos.
Em 1967, com 16 anos, foi para Bruxelas, onde fez os seus estudos e residiu durante quase duas décadas, partindo em 1985 para Portugal.
Fernando Nobre é Doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi Assistente (Anatomia e Embriologia) e Especialista em Cirurgia Geral e Urologia.
Na Bélgica foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras e, já em Portugal, funda a sua grande obra e que será o seu legado para a posteridade: a AMI - Assistência Médica Internacional.
Presidente da organização, Fernando Nobre participou como cirurgião em mais de 250 missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária, acções que tiveram lugar em mais de 70 países de todos os continentes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Assistência_Médica_Internacional

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

PASSEIO CARNAVALESCO

Apesar de ter realizado uma caminhada anteontem e de condições meteorológicas adversas, ainda foi possível contar com a presença de dez caminheiros no passeio que realizámos esta manhã com início na Malveira da Serra.O Carnaval não foi esquecido por parte da Tina, que ousou apresentar-se com pinturas indígenas.Para "aquecer os motores", os caminheiros começaram por vencer algumas dezenas de degrause já em plena mata, puderam observar alguns patinhos que, para quem não sabe, é o único animal que consegue dormir com metade do cérebro e manter a outra em alerta.Um pouco adiante, foi possível ultrapassar, sem molhar os pés, uma poça que alagava completamente o caminho, recorrendo a troncos de árvores colocados cirurgicamente sobre a água.Mesmo assim, foi preciso algum equilíbrio para contornar a situação.Seguiu-se um estreito mas bonito caminho entre o arvoredo,acompanhando uma linha de água que corria do alto da serra.Uma curiosa pedra, que mais parecia uma mão e respectivos dedos, despertou a atenção do grupo.Ao longe, o azul do mar marcava o contraste com a neblina serrana.Os caminhos nem sempre eram fáceis, mas o grupo aceitou sempre o desafio, consciencializado que só penetrando na mata poderia apreciar a sua beleza.Na hora de "carregar baterias"o Zé Manuel estava solitário porque hoje não pôde contar com a companhia da sua cara-metade.Retomando a marcha, o grupo decidiu que não valia a pena subir à Peninha que, por se encontrar envolta em neblina, não poderia oferecer a espectacular panorâmica da orla marítima.Por isso optou-se por descer para a Malveira da Serra.No percurso foram encontradas algumas armadilhas para apanhar incautos coelhos, que nem sequer terão meios para se defender de tão injusto (e proibido) ardil.Percorridos cerca de onze quilómetros chegámos à Malveira da Serra, onde vários carros alegóricos já se perfilavam para o desfile carnavalesco marcado para a tarde.O Luís teve a oportunidade única de apertar o nariz ao Portase nem o dragão com o seu inseparável apito dourado escapou à cruel(?) sátira popular.Com o Guincho por perto, abandonámos o local com o pensamento no próximo passeio.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CONDUÇÃO À CHUVA MAIS SEGURA

A maioria dos condutores liga os limpa pára brisas em velocidade mais rápida ou máxima durante chuvas pesadas, mas a visibilidade na frente do pára brisa ainda é má.
Numa situação deste tipo, recomenda-se o uso de óculos de sol (qualquer modelo serve), é um "milagre"! De repente, a visibilidade na frente do pára brisa é perfeitamente clara, como se não houvesse chuva.
Desconhece-se as razões da eficácia desta melhoria de visibilidade, mas o facto é que usando óculos de sol quando ocorre chuva forte ainda se vêm as gotas no pára brisa, mas não a lâmina de chuva. Vê-se onde a chuva salta para fora da estrada e os respingos dos pneus do carro que circula à frente. É útil, mesmo em condução nocturna.
Convém por isso, ter sempre um par de óculos de sol no carro, para que seja possível realizar uma condução mais segura, com boa visão.
Esta pequena dica devia ser incluída na formação dos condutores. E realmente funciona.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - CAMPANHA


Ao assistir pela TV à transmissão dos jogos da I Liga realizados este fim de semana, nos estádios da Luz, da Mata Real e do Mar, o Pai do Bicho verificou que os jogadores ergueram uma faixa com a frase EU NÃO SOU CÚMPLICE e vestiram uma camisola com a mesma inscrição nas entrevistas rápidas ocorridas no final dos jogos.
Esta iniciativa, nos jogos em que participaram os três chamados grandes, faz parte duma campanha contra a violência doméstica, levada a efeito pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e apoiada pela Liga Portuguesa de Futebol.
Todos já ouviram falar de casos de adeptos de futebol, que após uma derrota sofrida pelo clube da sua simpatia, agrediram as suas companheiras.
Por isso, O Pai do Bicho considera que foi inteligente veicular a mensagem através de jogadores de futebol, que são afinal os ídolos de muitos adeptos, que muitas vezes pretendem demonstrar a sua masculinidade de forma desproporcionada, utilizando a violência gratuita sobre as mulheres.
Infelizmente não se sabe quantas mais campanhas serão necessárias para travar a violência doméstica, mas entretanto é preciso não ignorar a sua existência e lutar pela sua erradicação. Foi o que a UMAR e a Liga Portuguesa de Futebol procuraram fazer.
Espera-se que a mensagem passe.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MONSANTO - Aldeias Históricas (VI)

A cerca de 25 quilómetros de Idanha-a-Nova, localizada na encosta dum monte escarpado a 758 metros de altitude, encontra-se a aldeia de Monsanto.Vencedora do concurso da Aldeia mais Portuguesa de Portugal, realizado durante a época do Estado Novo, Monsanto é, ainda hoje, uma das aldeias beirãs mais bem conservadas. As suas casas de granito e xistoaninhadas no meio de gigantescos blocos de granito conferem-lhe uma graça muito especial.As suas origens remontam ao Paleolítico. A descoberta de vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e de villae e termas romanas no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.Terra conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1165, foi doada à Ordem dos Templários que lhe edificaram o castelo, sob as ordens de D. Gualdim Pais. Em 1174 Monsanto recebeu foral do mesmo monarca.Monsanto é o resultado de uma fusão harmoniosa da natureza e dos seus acidentes geográficos com a acção do homem, ao longo dos tempos. Tal ligação deu origem a curiosas utilizações de penedos integralmente convertidos em peças de construção. Os penedos graníticos, enormes, estão de tal modo ligados às habitações, que tanto lhes servem de chão, como de paredes ou tectos.Para além do próprio conjunto urbano e do castelo, Monsanto conserva variados exemplares de arquitectura militare religiosa.A Torre do Relógio ou Torre de Lucano, construída no século XlV, torre sineira onde foi colocada uma réplica do Galo de Prata (troféu atribuído a Monsanto por ter conquistado o titulo de "a aldeia mais portuguesa de Portugal" num concurso lançado pelo SNl em 1938).A actividade principal da aldeia é a agricultura, praticada em moldes de subsistência e a parca actividade comercial existente, decorrente da tradição turística já consolidada, traduz-se em restaurantes, pequenas lojas de artesanato e lojas de comércio. Na área do alojamento turístico existe uma Pousada.O escritor e médico Fernando Namora viveu e exerceu medicina em Monsanto, que conta como tesouro a sua casa, assinalada na sua modesta fachada granítica com uma placa.Monsanto representa, para a cultura rural portuguesa e para o património nacional, um lugar a merecer cuidados especiais quanto à salvaguarda das suas raízes e das suas realidades. Monsanto não se descreve... Visita-se!