domingo, 31 de janeiro de 2010

MANHÃ NA CARREGUEIRA

Um ano depois da nossa última visita à Serra da Carregueira, decidimos lá voltar e constatámos que o local se encontra agora rasgado por uma auto-estrada, a A16, que liga Cascais à CREL.Após ultrapassarmos a zona militar (ali se encontra o Centro de Tropas Comando),deparou-se-nos uma clareira dedicada à criação de animais de várias espécies: cruzámo-nos com ovelhas,cabras,porcose bois.Chegados a um marco encimado por um crucifixo em honra da Senhora do Cabo, os dezasseis elementos do grupo reuniram-se para a habitual foto.A caminhada prosseguiu com a urbe de Belas pelas costase vestígios de dois moinhos de vento no cimo de um pequeno outeiro,que foi o local escolhido para o "mata-bicho".Um ribeiro de águas límpidas não constituiu obstáculo de maiordevido ao espírito de entreajuda, habitual nestas circunstâncias.Cumpriu-se depois um percurso em plena estrada que liga Belas a Pêro Pinheiro, onde as ruínas da fábrica Toddy nos trouxe à lembrança a deliciosa combinação do puro cacau com extracto de malte de cevada, que resultava num rico sabor de chocolate, quando adicionado ao leite, que muitos de nós saboreávamos ao pequeno almoço nos tempos idos da infância e adolescência.Sobre o asfalto reparámos então num curioso agrupamento, em fila indiana e unidos entre si, de uns bichinhos semelhantes a bichos-de-seda de cor acastanhada.Nesta zona de Belas quase se confundem as zonas militares com a propriedade privada.Há campos de golfe,várias quintas com luxuosas residências e condomínios, destacando-se entre eles o Belas Clube de Campo.Já nos terrenos do quartel da Carregueira passámos pela carreira de tiroe seguimos por uma ampla estrada com piso de areia,Entretanto, o Palácio da Pena aparecia no horizonte.Cerca das 12h30 chegámos ao local donde partíramos, com um averbamento de mais 11 kms. nas pernas.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

JOSÉ SARAMAGO COM O HAITI


O Grupo Leya, a Editorial Caminho e a Fundação José Saramago lançaram ontem, junto com vários parceiros, a campanha “Uma Jangada de Pedra a caminho do Haiti”, acção de solidariedade para com as vítimas do sismo no Haiti. A ajuda será dada através da venda de uma edição especial do livro A Jangada de Pedra, disponível nas livrarias portuguesas a partir da próxima sexta-feira.
Os 15 euros do valor do livro serão directamente doados, na sua totalidade, para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa.
No seguimento de uma ideia da Fundação José Saramago, a Leya mobilizou a sua estrutura, bem como todo um conjunto de entidades, de modo a tornar possível esta campanha, inédita em Portugal e operacionalizada em tempo recorde.
A grande disponibilidade demonstrada pelos parceiros permitiu colocar em marcha esta acção. Estão envolvidos na campanha as seguintes empresas: Agfa, Eigal, Plásticos Pando, JDC, Ibero Fibra, Torras Papel, Inapa, Gráfica 99 e Ideias com Peso.
Das entidades que aceitaram prontamente colaborar fazem também parte as livrarias e grandes superfícies que ofereceram os seus espaços para a venda do livro: Almedina, Bertrand, Sonae, Fnac, Auchan e Press Linha, bem como muitas outras das principais livrarias um pouco por todo o país serão os locais onde o livro poderá ser encontrado. Todos se disponibilizaram para trabalhar gratuitamente em prol do sucesso desta iniciativa.
As editoras de José Saramago em Espanha e na América Latina vão avançar com campanhas semelhantes nos respectivos países.
Ao empenho de todos os parceiros envolvidos, junta-se agora o desejo de que a comunidade corresponda, dirigindo-se às livrarias e adquirindo esta edição especial, sabendo que ao fazê-lo estará a realizar um donativo directo, no valor de 15 euros, para a Cruz Vermelha que, por sua vez, o aplicará no seu esforço de apoio às vítimas do sismo no Haiti.
Trata-se da primeira campanha na qual o valor total de um livro reverte na íntegra para uma causa humanitária. É também a primeira vez que editoras, papeleiras, gráficas, transportadoras e o retalho se unem neste tipo de acção.A campanha “Uma Jangada de Pedra a caminho do Haiti” prolongar-se-á até 28 de Fevereiro de 2010.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DA REAL BARRACA AO PALÁCIO DA AJUDA

A família real escapou ilesa a uma catástrofe que dizimou grande parte da população de Lisboa e que tanto impressionou a Europa do tempo, o terramoto de 1755.
A feliz circunstância, que beneficiou os monarcas, foi o facto de se encontrarem em Belém, uma das zonas da capital cujo solo, de características basálticas, evitou o desmoronamento de muitos edifícios.
Em consequência da derrocada do Paço da Ribeira no Terreiro do Paço, os monarcas decidiram escolher como local de residência a zona de Belém-Ajuda, sendo que, apavorado com o terramoto, D. José não quis mais habitar em casas de pedra.Por isso, mandou ereger no alto da Ajuda, local de pouca actividade sísmica, um palácio de madeira e pano, a que se chamou Real Barraca ou Paço de Madeira, onde a Família Real viveu entre 1755 e 1794.
Por descuido de um criado com uma candeia, deflagrou um enorme incêndio, corria o ano de 1794, que destruiu completamente a Real Barraca e grande parte do seu valioso recheio - mobiliário, pinturas, tapeçarias, ourivesaria - é totalmente consumido pelo fogo.Em 1795, o Príncipe D. João aprova a construção de raiz de um novo palácio no local onde existira a Real Barraca. A construção do novo edifício é interrompida em várias ocasiões dados os recorrentes problemas, a nível nacional, de ordem financeira e, até aos dias de hoje, só foram concluídos dois terços do projecto.
Depois da proclamação da República em 1910 o Palácio da Ajuda fica encerrado, reabrindo em 1938 como Museu, reunindo importantes colecções de séc. XV.
Em dois pisos distintos deste Palácio encontram-se os apartamentos privados e as salas nobres para os dias de gala.
Hoje, tal como durante a monarquia, é utilizado pelo Estado português para cerimónias oficiais e o seu museu contem um verdadeiro e único espólio de artes decorativas com colecções que vão do séc. XV ao séc. XX

domingo, 24 de janeiro de 2010

PELAS MARGENS DE ALCABRICHEL

Apesar da chuva que caiu durante a noite e da ameaça de continuidade da pluviosidade, ainda o relógio não assinalava as 9 horas e já um grupo com cerca de cinco dezenas de elementos, estava reunido junto às piscinas de A-dos-Cunhados para iniciar uma caminhada na distância aproximada de 11 kms..No habitual "briefing" o Marçal, num gesto simpático, protegeu da chuva a representante da Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras.Hoje tivemos mais um caloiro que dá pelo nome de Emídio Campos, que segundo várias opiniões, foi uma agradável companhia.Mal foram "abertas as hostilidade" visitámos a "Casa do Moleiro",que com a sua azenha,adega,quarto,lagar,cozinhae outras peças, constitui um interessante espaço museológico.Começámos então a seguir o curso da ribeira de Alcabrichel pela sua margem esquerda, sendo visível o tom castanho que a lama emprestava às suas águas.O piso lamacento foi quase uma constante que impunha alguns cuidados para evitar escorregadelas.Nesta zona predominantemente agrícola destacou-se um vistoso campo de repolhose a fazer jus à região do oeste, também as vinhas marcaram presença.Chegados ao alto do Vimeiro visitámos o Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, que ocorreu durante as invasões francesas, no início do séc. XIX.Frente ao monumento que assinala a dita batalha existe um conjunto de 8 painéis de azulejos artísticos que retratam várias fases da peleja.No meio de tudo isto, houve quem se quisesse furtar à luta, como foi o caso dum simpático gatinho que fugiu para o cimo duma árvore ao ser perseguido por uma pequena cadelinha.Entretanto a nossa marcha prosseguiu, desta vez por um trilho entre canaviais.Chegados ao Hotel das Termascontinuámos em direcção ao mar por uma estrada de asfalto isenta de lama.Após uma breve passagem pelas termas na Fonte dos Fradesalcançámos a Praia de Porto Novo encimada pelo Hotel Golf Mar.Retornando à Fonte dos Frades, foi sob o seu extenso alpendre que realizámos um farto piquenique,destacando-se a forma como principalmente as senhoras se esmeraram na confecção de vários petiscos e doçaria.Para finalizar este agradável convívio, o grupo foi tomar a "bica da ordem" junto à praia de Porto Novo e foi com a imagem de Santa Rita numa pequena plataforma dum rochedo em fundo, que abandonámos o local.Foi com um bom passeio, seguido dum soberbo piquenique, enquadrados por um excelente convívio que esta manhã dominical foi preenchida.