domingo, 29 de novembro de 2009

CASTELO NOVO - Aldeias Históricas (III)

No passado dia 18 esta página foi dedicada a Belmonte, hoje é a vez de Castelo Novo.
A cerca de 650 metros de altitude, na encosta da serra da Gardunha, a poucos quilómetros do Fundão, foi-se estruturando em volta de uma fortaleza a povoação de Castelo Novo.Do Castelo construído no reinado de D. Sancho I, restam algumas partes da muralha e a torre de menagem, unidas por passadiços metálicos.As suas terras começaram por pertencer à Ordem dos Templários, numa altura em que era preciso assegurar a guarda dos territórios conquistados aos muçulmanos. O metal precioso vindo do Brasil foi decisivo para o desenvolvimento de Castelo Novo.Esta aldeia histórica, com cerca de 300 habitantes, é constituída por ruas, ruelas e escadas irregulares de forma mais ou menos labiríntica que lhe conferem a sua originalidade.Na praça central está a Casa da Câmara (que funcionou no 1º. andar) e a prisão ( no piso térreo). Na sua frontaria pode ver-se o chafariz D. João V e no centro da mesma praça está plantado um importante pelourinho manuelino decorado com esferas armilares, flores de lis e cabeças de serpentes.
Num logradouro rodeado de bancos de pedra e ao cimo de uma escadaria existe o Chafariz da Bica, interessante monumento barroco, com a pedra de armas de D. João V.
Várias igrejas e capelas ajudam a compor os requisitos que fazem desta povoação uma aldeia histórica.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AL PACINO CONFESSA-SE...




«Quando tinha 20 anos, morei na Sicília e vendi o único bem que tinha: o meu corpo»

Al Pacino, actor norte-americano

(Fonte:Única 7-11-2009)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"NEM DISSE ÁGUA VAI" - Origem da expressão

Na Lisboa antiga, com esgotos a céu aberto, as pessoas faziam os despejos das águas sujas pela janela e, para salvaguardar a integridade de quem tinha o azar de ir a passar, deveriam gritar previamente, por três vezes: "ÁGUA VAI!"
Muitas pessoas, certamente com maus fígados e a atirar para o badalhoco, nada diziam.
Apesar do Marquês de Pombal ter mandado construir uma rede geral de esgotos, trazendo com isso alguma salubridade à população, a expressão popular "NEM DISSE ÁGUA VAI" ainda hoje se usa quando alguém faz alguma coisa sem avisar, quando era suposto fazê-lo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

IRS BAIXA EM SINTRA



Pela Lei das Finanças Locais, a Câmara Municipal de Sintra tem direito a uma participação variável até 5% resultante do IRS pago pelos contribuintes.
Contudo, o executivo da autarquia de Sintra decidiu reduzir essa participação para 4%.
Assim, a diferença de 1% será considerada uma dedução à colecta no IRS dos sujeitos passivos com domínio fiscal neste Concelho.
Desta vez a aragem da serra trouxe uma boa notícia.
Aleluia!

(Na cultura popular "Aleluia" é dita muitas vezes com carácter cómico, quando ocorre algo bom, contrário à ordem normal dos acontecimentos, caracterizado como um "milagre"- Fonte: Wikipédia)

domingo, 22 de novembro de 2009

O SOL BRILHOU NA SAMARRA

Depois de um dia chuvoso e cinzentão, domingo amanheceu solarengo como que a premiar os 14 caminheiros que se propuseram realizar uma caminhada até à Praia da Samarra.A partida deu-se cerca das 9 horas junto à igreja de S. João das Lampas,com o grupo a caminhar em bom ritmo.Passada uma vetusta estrada romanae alguns caminhos que testemunhavam a pluviosidade da véspera,dois elementos do grupo adiantaram-se e tiveram que esperar pelos demais.Chegados à Catribana temeu-se que a Fernanda quisesse desistir do passeio e tomasse o autocarro de regresso a casa,ao mesmo tempo que a Tina satisfazia a sua curiosidade espreitando o interior de uma mina de água.Ao longo do caminho surgiram algumas rudimentares construções em pedra a lembrar épocas em que havia tempo para edificar, pedra a pedra, muros que dividiam propriedades.Um campo de malmequeres parecia sugerir que a Primavera substituíra o Outono.Entretanto o grupo prosseguia a sua marchaaté que alcançou a Praia da Samarra.Foi neste local que se deu uma pequena paragem técnica para aconchego estomacal.Demos então conta que vários ciclistas da modalidade de BTT desciam por um vertiginoso trilho,que nós trepámos de seguida.Depois da subida esperava-nos um caminho estreito e lamacento onde o sol não conseguia penetrar devido ao frondoso canavial que o ladeava.Já na orla costeira deparámos com espaços cultivados, ora alfaces em estufa,ora couves de Bruxelas a céu aberto,enquanto à nossa direita, o mar estava revolto e pleno de alva espuma.Encaminhámo-nos depois para o interior e constatámos que para além da agricultura, a criação caprina também faz parte da economia de subsistência de parte dos habitantes locais.Pelo caminho,dois cachorritos simpatizaram com a Fátima.Chegados a uma velha ponte romana onde já tínhamos passado há uns meses, verificámos, com algum pesar, que a pesada laje que unia as duas margens da ribeira fora substituída por um passadiço em madeira.Depois de passarmos por uma artística fonte em Bolembre,chegámos a S. João das Lampas, onde após 14 kms. percorridos, fomos recebidos por uma brigada de trabalhadores que nem ao domingo se permite descansar.


Foi mais uma manhã cinco estrelas.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

TELEMÓVEL NAUFRAGADO

Todos sabemos que os telemóveis não sabem nadar, mas poucos sabem que é possível salvar o aparelho no caso deste cair à água.
Um amigo do Pai do Bicho deu-lhe uma dica que, posta em prática, pode recuperar o telemóvel encharcado. Ora vejamos:

(1) Basta pegar o aparelho , secar, retirar a bateria e colocá-lo num recipiente cheio de arroz cru.

(2) Não use secador de cabelo no telemóvel. Assistências técnicas aconselham evitá-lo, já que o ar quente pode danificar os componentes do telefone.
(3) "O arroz tem essa propriedade de absorver água porque é rico em amido, que possui uma forte afinidade eléctrica com as moléculas de água e atrai-as".

Agora só falta fazer a experiência para ver se funciona. Quem se arrisca?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BELMONTE - Aldeias Históricas (II)

Dando sequência à descrição ilustrada de algumas aldeias históricas de Portugal iniciadas com a Vila de Almeida, em 21 de Outubro passado, o Pai do Bicho dedica hoje algum espaço a Belmonte.Situada na chamada Cova da Beira, na margem esquerda do rio Zêzere encontra-se a terra onde nasceu Pedro Álvares Cabral. Esta vila ganhou particular notoriedade após a descoberta do Brasil.Segundo a tradição, o seu nome advém do lugar onde está edificada (monte belo ou belo monte). As primeiras referências à vila estão associadas à história do grande concelho da Covilhã, com foral de 1186, mas depressa obteve foral próprio de D. Sancho I, em 1199.A vida de Belmonte ficou ligada desde o séc. XIII à presença duma forte colónia judaica, cujo número foi reforçado entre 1492 e 1496 devido à expulsão dos judeus pelos Reis Católicos de Espanha. Esta comunidade contribuiu decisivamente para o progresso desta vila, que dispõe de um museu do azeite e desde 2005 conta com o primeiro museu judaico português.O pelourinho de Belmonte está situado na Praça da República, praça essa delimitada por dois edifícios, um dos quais a antiga Casa da Câmara com uma pequena torre sineira quadrangular e uma janela manuelina.As suas ruasconduzem ao alto de um monte onde se ergue o antigo castelo e torre de menage.Em frente ao castelo existe um conjunto formado por duas capelas, a do Calvário e a de Santo António. Nesta última encontra-se um brasão das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral.A igreja de São Tiago é um templo românico do século XIII que foi sofrendo alterações. No século XIV é construída a Capela de Nossa Senhora da Piedade, formando um interessante conjunto gótico. Em finais do século XV é-lhe anexado o Panteão dos Cabrais, restaurado no século XVII, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral. No século XVIII, a sua fachada é remodelada e a torre sineira erigida.Belmonte foi classificada em 2003 como Aldeia Histórica.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

DEPÓSITOS BANCÁRIOS TÊM NOVAS REGRAS


Entram em vigor a partir de amanhã, 18/11/2009, as novas regras para os depósitos bancários, onde se incluem depósitos à ordem, a prazo e depósitos estruturados (duais e indexados).
Com as novas exigências impostas pelo Banco de Portugal, as instituições bancárias passam a ter de ser mais claras na informação prestada sobre estes produtos.
Uma das principais alterações incide sobre a facilidade de descoberto associada a uma conta à ordem, a qual vai passar a exigir que o cliente assine um documento exclusivo para este efeito. A medida visa prevenir que o cliente seja confrontado com a utilização de crédito sem que o tenha solicitado.
Assim, a disponibilização desta facilidade passa a estar dependente da prévia autorização do cliente que terá de assinar um documento em separado e exclusivo para o efeito, onde deverão constar as condições aplicáveis à facilidade de descoberto. Além disso, em caso de cobrança de juros por utilização de descoberto, os bancos passam a estar obrigados a disponibilizar posteriormente ao cliente toda a informação relativa a esta operação. Ou seja, datas de início e final de período, data da cobrança, montante de juros cobrados, taxa anual nominal, impostos, montantes a descoberto e datas de utilização.
As novas regras que visam aumentar a clareza na relação dos clientes com as instituições bancárias também incidem sobre os depósitos a prazo e estruturados. Antes mesmo da subscrição de um depósito, os bancos terão de disponibilizar ao cliente uma ficha de informação normalizada, onde conste a designação do depósito, o montante a depositar, a taxa de remuneração, cálculo de juros, comissões e impostos.
No caso dos depósitos a prazo e estruturados, as instituições bancárias ficam ainda obrigadas a prestar informação periódica, através de extractos - no mínimo anualmente no caso de depósitos com prazo superior a um ano, mensal ou na data de vencimento para depósitos com prazo inferior a um ano.
Todas estas novas regras aplicam-se apenas a contratos celebrados após o dia 18 de Novembro. Já os deveres relativos à emissão de extractos aplicam-se também aos depósitos existentes antes da entrada em vigor deste aviso. Dos extractos deverão constar os seguintes elementos mínimos: informação detalhada sobre movimentos, remuneração, despesas, comissões e respectiva forma de cálculo.
Desde a data de publicação deste documento, apenas podem ser designados de "depósitos" os produtos onde não exista qualquer risco de perda de capital.
O Pai do Bicho espera que as novas regras contribuam para uma maior transparência nas relações entre a banca e seus clientes e constituam um importante mecanismo que proporcione a necessária protecção aos depositantes.