domingo, 21 de junho de 2009

PEDRA DA URSA E ROCHEDOS AFINS



O passeio desta manhã levou-nos não só ao ponto mais ocidental da Europa, o Cabo da Roca, como também à praia que se situa mais ao ocaso deste continente - a Ursa.
Tudo começou pelas 08h30 com a visita a uma gruta existente na Praia da Adraga. Seguidamente fizeram-se sentir as primeiras dificuldades quando o grupo trepou o monte que ladeia a sul esta praia de Almoçageme. Houve mesmo corações a baterem mais forte. Lá no alto, a respiração normalizou-se e tranquilamente a progressão no terreno foi mais fácil apesar dos arbustos rasteiros procurarem danificar os cromados de algumas pernas menos protegidas.A paisagem oferecida pela Praia do Cavalo era apenas o começo de um conjunto de belezas naturais a querer compensar do esforço dispendido. O miradouro da Foja permitiu-nos apreciar um enorme poço com várias dezenas de metros de profundidade, onde se encontravam as irrequietas águas oceânicas.


As pedras de Alvidrar foram o quadro que se seguiu. Este é um dos locais onde pescadores se aventuram na recolha de perceves. Impressionante! Após passarmos perto da Gruta da Manhosa, acessível através de rapel, acercámo-nos da Pedra da Noiva. A Pedra da Ursa foi o resultado do passo seguinte e diz a lenda que:
"Uma lenda conta que há muitos milhares de anos, quando a terra estava coberta de gelo, aqui vivia uma ursa e seus filhotes. Quando o degelo começou, os Deuses avisaram todos os animais para abandonarem a beira-mar, mas a ursa, teimosa, recusou-se pois ali tinha nascido e ali queria ficar. Os Deuses enfurecidos transformaram a ursa em pedra e os seus filhotes em pequenos calhaus dispersos à volta da mãe e ali ficaram para sempre dando assim o nome à praia."
(Guia da Cidade 31-05-2009) A descida para a Praia da Ursa também não foi fácil. Depois de mais uma subida acentuada, e alguns metros de alcatrão calcorreados, chegámos ao Cabo da Roca, onde sob o olhar vigilante do farol se procedeu ao necessário conforto estomacal. O regresso ao local de partida foi feito através duma estrada de terra batida para poupar o grupo a esforços excessivos numa só jornada.Cerca das 12h15 tinham ficado para trás duas léguas de caminhada sob um calor amenizado a espaços pela brisa marítima, neste primeiro dia estival. À nossa frente atravessou-se a Praia da Adraga como a indicar que o percurso tinha chegado ao fim. Este agradável passeio foi muito bem conduzido pelo caminheiro e espeleólogo Vítor e assessorado pelo João Carlos. Para eles vão os nossos sinceros agradecimentos.

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