quarta-feira, 17 de junho de 2009

CENSURA À MOÇÃO

Na sequência da derrota do Partido Socialista nas últimas eleições europeias, o CDS-PP decidiu apresentar uma moção de censura ao Governo. Será que este partido já está a extrapolar estes resultados eleitorais para as eleições legislativas? Será que pretende apenas desgastar o partido do governo? Será uma tentativa de liderar a oposição de direita? Porque razão o fez, só eles saberão responder.
O partido que na pessoa do deputado Nuno Melo, tem revelado um excelente desempenho na comissão de inquérito da Assembleia da República ao caso BPN, decidiu enveredar pela apresentação inoportuna e inconsequente de uma moção de censura, manchando assim a sua prestação política mais recente.
Acresce lembrar que dentro de dias terá lugar no hemiciclo o habitual debate do estado da Nação, onde certamente se abordarão os mesmos assuntos hoje debatidos. O país poderia ser poupado a esta redundância.
Os partidos tem todo o direito de apresentar moções de censura ao governo, mas por vezes esta prerrogativa não passa de uma manobra de diversão com objectivos ocultos, que nada acrescenta ao debate parlamentar ou ao esclarecimento público, como foi o caso desta moção cuja rejeição era já previsível.
Lamentavelmente todos os partidos com representação no hemiciclo já recorreram a este tipo de brincadeira - lançar moções de censura inconsequentes. Assim se conclui que nenhum deles pode atirar pedras aos restantes.

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