segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MONSANTO - No limiar de 2009

Para finalizar o ano em beleza escolhemos o Parque Florestal do Monsanto. Partindo da Cruz das Oliveiras cerca das 9h30, iniciámos o nosso passeio matinal por um corredor paralelo à estrada a leste do Bairro da Boavista.Foi com muito agrado que registámos a presença do João e Joana (pai e filha) após prolongada ausência dos nossos passeios dominicais.A dada altura receámos que o ruído dos nossos passos tivesse acordado um simpático felídeo com olhar sonolento, que surgiu sobre um muro.Já na encosta que confronta com a variante de Benfica fomos desafiados para a prática de um desporto radical e dentro do grupo saltou uma voluntária; foi a Joana, que até teve uma prestação muito aceitável ao escalar o muro até ao nível 5.Outro "jovem" não resistiu ao apelo e depois de se preparar devidamente para a aventura,subiu mesmo ao topo. Ah "ganda" Luís!Orgulhosos pelo "feito" dos nossos "compagnons de route", prosseguimos o nosso caminhopassando junto às instalações do Instituto Militar dos Pupilos do Exércitoe pelo Palácio do Marquês de Fronteira, construído em 1640 por D. João de Mascarenhas, herói da Guerra da Restauração.Depois de atravessarmos o Sítio do Calhau, subimos a uma cota mais elevada onde se encontra um moinho em ruínas,donde avistámos a zona habitacional de Benfica,a antiga Penitenciária, o Palácio da Justiça, o antigo Batalhão de Caçadores 5e as famosas Torres Gémeas que a Al Qaeda ainda não descobriu.Penetrámos de novo na verdejante matae demos por falta do Jerónimo. O Bruno e o Luís voltaram a trás para recuperar o elemento perdido e surgiram pouco depois de o terem resgatado (vá-se lá saber...) talvez dos braços de uma ciclista que o tinha seduzido (se o Jerónimo ler isto ainda me processa por difamação leviana).Com um lanternim do aqueduto das águas livres à vista,a "Tina" achou uma nota de 5 euros entre as ervas, que entrega a quem provar pertencer-lhe.A caminhada de um pouco mais de 11 kms. aproximava-se vertiginosamente do fime a culminar uma manhã saudável e divertida nem um tractor escapou ao assalto pacífico dos "papa milhas florestais".
FELIZ ANO NOVO!

sábado, 26 de dezembro de 2009

BOLO REI - Origem

Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava. Diz-se que este costume teve origem num inocente jogo de crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei, tirando-o à sorte com favas.
O jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas para votar nas assembleias.
Como aquele jogo infantil era característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.
A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece.
De qualquer modo, a festa de Reis começou muito cedo a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.
Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros tinham ali um bom negócio, e em vez de o eliminarem, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.
Em Portugal, depois da proclamação da República, não chegou a ser proibido, mas andou lá perto. A história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como ontem as confeitarias e pastelarias não se poupam a esforços na sua promoção.

domingo, 20 de dezembro de 2009

FRIO EM MONSERRATE

Parecendo anunciar o solstício do Inverno que amanhã se inicia, a temperatura do ar desta manhã não surpreendeu o grupo que esta manhã se dispôs a fazer uma salutar caminhada na Serra de Sintra,que muito determinado começou a sua escalada na encosta de Monserrate.O gelo encontrado no caminho era apenas um vestígio da presumível temperatura negativa que durante a noite anterior se tinha feito sentir no local.Foi com agrado que constatámos que as árvores mortas foram amontoadas depois de cortadas, evidenciando a necessária limpeza que o local carecia,permanecendo intocável toda a flora que se encontra em bom estado, não faltando até zonas sombrias, completamente cobertas pela densa vegetação.Ao fundo do arvoredo e após o casario o mar parecia calmoAo longo do percurso também surgiram algumas das minas de água em que a serra é fértil.Para melhor resistirmos ao frio que se fazia sentir, foi num local soalheiro que ocorreu o habitual abastecimento.No regresso ao local de partida o percurso foi descendentee quase no final do passeio apercebemo-nos que numa das lagoas locais o nível da água se encontrava bastante alto,enquanto uma lagoa contígua estava seca por estar a beneficiar de obras de manutenção.Antes da terminar o passeio passámos por um vetusto tanque, que embora não tenha uso, empresta o seu contributo para a beleza paisagística.Cerca das 11h30 a caminhada de aproximadamente 7 kms. foi concluída e foi tempo dos elementos do grupo se despedirem, expressando os seus votos de festas felizes.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CASTELO RODRIGO - Aldeias Históricas (IV)

Em território de Ribacôa, a nascente da Serra da Marofa e a pouco mais de 10 kms. de Espanha, erguem-se a 810 metros de altitude as muralhas de Castelo Rodrigo.Esta povoação que viu a sede do concelho passar para a vizinha Figueira de Castelo Rodrigo em 1836, foi conquistada por D. Afonso Henriques aos muçulmanos em 1170, perdendo-a de seguida, para mais tarde vir a ser reconquistada por D. Sancho I. Em 1297 foi reconhecida como território português.As robustas muralhas apoiadas em torreões semicirculares foram mandadas edificar por D.Dinis.Agora em ruínas, a torre de menagem, de planta quadrada, encontra-se adossada ao muro do castelo pelo lado de fora, voltada para a vila. Nela se rasgam seis janelas com sacadasDa significativa presença judaica restam ainda a Rua da Sinagoga e o Poço-Cisterna, com 13 metros de profundidade.Merece também destaque o excelente estado de conservação das casas de pedrae até as ruínas de um arco que une duas habitações de construção recente parecem respeitar a harmonia arquitectónica.José Saramago passou por aqui quando seguiu a rota da "Viagem do Elefante".Embora discreta, uma bonita igreja também marca presença em Castelo Rodrigo.O Concelho encerra potencialidades turísticas variadas, que vão desde a beleza paisagística a valores históricos, arqueológicos e arquitectónicos, desde a diversidade artesanal e gastronómica a festas e romarias bem características, passando por capacidades piscícolas e cinegéticas.Do alto das muralhas vislumbra-se a sede do concelho desta importante aldeia histórica, que não desilude quem a visita.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

NÃO LIXEM A MARGARITIFERA


A barragem de Padroselos, que está a ser construída em Boticas num afluente do rio Tâmega, pode deixar de fazer parte do Plano Nacional de Barragens, que contempla a construção de oito empreendimentos hidroeléctricos.
Isto porque através de um estudo de impacte ambiental foi detectada a existência de uma pequena colónia de mexilhão-de-rio ou margaritifera.
Esta espécie não mede mais que 11 centímetros, não é comestível e encontra-se em vias de extinção. Segundo alguns biólogos, «este tipo de animal faz parte de um ciclo de vida ligado à fauna piscícola, sobretudo às trutas».
Se a obra não continuar será perdido o investimento até agora efectuado no local e não é difícil admitir que a Iberdola não deixará de reclamar as consequentes compensações indemnizatórias por ser impedida de concretizar o projecto.
Será o Ministério do Ambiente a entidade que tomará a decisão final sobre a execução da barragem.
O Pai do Bicho reconhece não possuir conhecimentos técnicos para se poder pronunciar sobre a justeza da decisão que vier a ser tomada, mas não duvida de que a não concretização deste projecto acarretará um elevado prejuízo no erário público, ou seja: aos contribuintes.
É caso para dizer que o adágio popular "quem se lixa é o mexilhão" cai em desuso sendo substituído por outro de cariz mais humano:
"QUEM SE LIXA É O POVO"

domingo, 13 de dezembro de 2009

PASSEIO AO PICO DO MONGE

Neste domingo a manhã anunciava-se fria, mas os 7º de temperatura diluíram-se no aquecimento proporcionado pela escalada da Serra de Sintra,a partir da Barragem do Rio da Mula.Para trás ficou o espelho de água da barragem, visível através do arvoredo.
A paisagem serrana transmitia ao grupo a tranquilidade usurpada pelo quotidianoe às tantas foi necessário recorrer a uma curta paragem para reagrupamento dos caminheiros.Cerca das 11 horas "matou-se o bicho".A escalada prosseguiuaté ao Pico do Monge, onde uma cruz e uma lápide assinalam o momento triste, no ano de 1966, em que 25 militares do RAAA1 pereceram no combate a um incêndio.O grupo quis marcar presença neste simbólico local, fazendo uma curta pausa.Lá bem do alto desfrutou-se da paisagem da planície que se estende até à Ericeira.Já na fase descendente do passeio matinal encontrámos várias minas de água, que atestam a enorme riqueza que constitui a existência do precioso líquido no local.Num sombrio eucaliptal, o piso era demasiado fofo requerendo alguns cuidados para que não sucedessem quedas e lesões físicas.Cerca do meio dia, após 3 horas de caminhada e percorridos 12000 metros, chegámos ao ponto de onde partíramos. O espelho de água estava ainda mais belo e os nossos pulmões mais limpos.