quinta-feira, 20 de novembro de 2008

FORAM-SE AS BANDEIRAS...




O Brasil esmagou Portugal no encontro amigável de futebol que esta semana opôs as selecções dos dois países.
Este resultado só por si não seria grave para o prestígio da selecção nacional se as prestações mais recentes tivessem sido positivas. Mas não foram.
Desde que Carlos Queiroz substituiu Luís Filipe Scolari, a selecção portuguesa efectuou dois jogos particulares, ganhando um por 5-0 às Ilhas Faroe e perdendo o outro com o Brasil por 2-6; fez também quatro jogos na fase de qualificação para o Mundial de 2010, tendo ganho por 4-0 a Malta, empatou a zero com a Suécia e Albânia e perdeu com a Dinamarca por 2-3. Ou seja, adoptando o sistema de pontuação utilizado nas competições, Portugal obteve 8 pontos em 18 possíveis. Reconheçamos que esta performance sendo deveras negativa, apenas traduz a fraca qualidade do futebol praticado.
Pergunta-se então: A selecção nacional estava melhor com Luís Filipe Scolari? O "Pai do Bicho" pensa que os níveis exibicionais dos últimos tempos já revelavam declínio e fazendo um pequeno esforço de memória, basta ver as dificuldades sentidas pela formação nacional no apuramento para a fase final do europeu de 2008. Isto para dizer que as exibições e resultados da "era Queiroz" já não poderiam surpreender ninguém. Apenas se confirmou uma tendência.
Convém recordar que com Filipão, a equipa das quinas nada ganhou e o que de melhor alcançou foi um honroso 2º. lugar no Europeu de 2004, que soube a pouco porque havia condições para a conquista do ceptro e um prestigiante 4º. lugar no Mundial de 2006. É verdade que com os resultados obtidos nestas duas competições Portugal chegou ao topo e estava no bom caminho, mas o difícil era manter-se lá e isso não foi conseguido.
Na sua modesta opinião, o "Pai do Bicho" pensa que o abandono da selecção de jogadores de eleição e autênticos líderes como Luís Figo, Rui Costa e Pauleta a par das lesões de Jorge Andrade e Ricardo Carvalho, quebraram a espinha dorsal de uma equipa que perdeu a liderança do "sargentão" e não encontrou ainda um jogador com aptidões para capitanear a equipa. Falta também organização, esquema táctico e dinâmicas de jogo.
Não obstante, o "Pai do Bicho" pensa que é possível melhorar a qualidade do futebol apresentado e os resultados futuros se a equipa técnica conseguir sistematizar e consolidar um sistema de jogo, liderar e dominar um grupo de indomáveis criaturas que cultivando narcisismo excessivo, privilegiam o mediatismo que a comunicação social lhes oferece, ostentam luxos inacessíveis a pessoas com as suas condições de origem, limpam o ânus a notas do Banco Central Europeu, perdem frequentemente concentração e amuam perante as contrariedades inerentes ao jogo.
Dito isto, tudo indica que são cada vez mais remotas as possibilidades da selecção portuguesa se qualificar para a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol a realizar na África do Sul em 2010. Além do mais, Luís Filipe Scolari não só "não passou a pasta" a Carlos Queiroz, como levou com ele a Senhora do Caravaggio.


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