quinta-feira, 5 de junho de 2008

CARJACKING



Todos se recordarão de assistir a filmes passados no oeste americano em que grupos de bandoleiros assaltavam diligências furtando bens e por vezes a própria vida aos passageiros que nelas seguiam.
Hoje os tempos são outros. Já não se assaltam carroças porque se extinguiram. Mas os meliantes não ficaram desempregados, pois passaram a assaltar veículos motorizados utilizando armas mais sofisticadas, recorrendo a estratégias que por vezes surpreendem quem pacatamente circula nas estradas ou estaciona os seus carros em parqueamentos.
O "carjacking" passou a fazer parte do nosso vocabulário e são conhecidos diversos métodos utilizados pelos assaltantes. Ora dão um toque no carro da vítima em plena estrada surpreendendo-a, provocando a sua paragem e posterior saída da viatura, ora prendendo um papel nas escovas de limpa-vidros traseiro tapando a visibilidade ao condutor que instintivamente sai do veículo para o remover, ou pura e simplesmente aguardando em parques de estacionamento mal vigiados por aqueles que se dirigem às suas viaturas. Sob a ameaça de armas brancas ou de fogo, os assaltados, estejam eles no interior do carro ou apeados, ficam indefesos e a sua eventual reacção torna-se inútil ou até perigosa para o próprio.
Tive agora conhecimento de um novo método utilizado pelos praticantes de "carjacking" e para o qual chamo a atenção de todos.
Pode acontecer a qualquer um que ao circular numa estrada com pouco movimento, visione à distância um suposto corpo estendido na via. Como primeira reacção será natural que o condutor se assuste e tudo faça para não colidir com o dito corpo. A imprevisibilidade deste cenário poderá provocar um despiste ou levar a que o condutor do veículo pare a sua marcha para prestar auxílio a alguém que presume ser uma possível vítima de atropelamento. O que ele desconhece é que afinal a suposta pessoa se trata apenas de um boneco insuflável vestido como se de um humano se tratasse e que a dois passos se encontram escondidos entre arbustos ou quaisquer outra coisa, as "aves de rapina" que se querem apropriar dos seus bens, mesmo que para isso tenham que fazer uso de métodos violentos.
Isto leva-nos ponderadamente a termos de escolher entre uma conduta samaritanista da qual rapidamente nos arrependeremos ou a um total alheamento da prestação de um auxílio que num cenário verdadeiro poderia até salvar uma vida. Cada um fará a opção que o seu instinto ou a sua racionalidade lhe indicar.
O meu alerta está dado e a minha opção está feita: se o instinto não me trair a capacidade de raciocinar, não terei dúvidas em seguir o meu caminho contornando o obstáculo, não deixando logo que possível de alertar as autoridades para a ocorrência.

Sempre ouvi dizer que O SEGURO MORREU DE VELHO.

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