quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O IV REICH

O IV Reich parece estar na forja. Estará?

Um jornalista e escritor de origem britânica, a viver na Hungria, escreveu um livro intitulado "O Protocolo Budapeste".
No livro, Adam Lebor ficciona sobre um suposto directório de firmas alemãs, que teria como missão restabelecer o domínio da Alemanha, não pela força das armas, mas da economia.


Um dos passos fulcrais seria a criação de uma moeda única que obrigasse os países a submeterem-se a uma ditadura orçamental imposta por Berlim. o outro, descapitalizar os estados periféricos, provocar o seu endividamento, atacando-os, depois, pela asfixia dos juros da dívida, de forma a passar a controlar, por preços de saldo, empresas estatais estratégicas, através de privatizações forçadas. Para isso, o directório faria eleger governos dóceis em toda a Europa, munindo-se de políticos-fantoche em cargos decisivos em Bruxelas - presidência da Comissão e, finalmente, presidência da U.E.

ADAM LEBOR NÃO É PORTUGUÊS - nem a narração da sua trama se desenvolve cá. Mas os pontos de contacto com a realidade, tão eloquentemente avivada pelas declarações de Merkel, são irresistíveis. Aliás, «não é muito inteligente imaginar que numa casa tão apinhada como a Europa, uma comunidade de povos seja capaz de manter diferentes sistemas legais e diferentes conceitos legais durante muito tempo.» Quem disse isto foi Adolf Hitler. A pax germânica seria o destino de «um continente em paz, livre das suas barreiras e obstáculos, onde a história e a geografia se encontram, finalmente, reconciliadas» - palavras de Giscard d'Estaing, redactor do projecto de Constituição Europeia. É um facto que a Europa aparenta estar em paz. Mas uma certa guerra pode ter já recomeçado.

Sexto Sentido
in Filipe Luís
VISÃO nº970 de 6 a 12 de Outubro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PASSEIO XXL COM RECOMPENSA

Pelas 09h00 de ontem os CAMINHEIROS MONTE DA LUA reuniram-se em Nafarrospara iniciarem uma saudável caminhada,onde não faltou a boa disposição.Os elementos masculinostiveram até oportunidade de exibir a sua força muscular, desatolando uma viatura.Depois de uma passagem pela Capela Circular de S. Mamede, em Janas,o grupo percorreu o Pinhal de Nazaréonde um belo equídeo assistiu tranquilamente ao desfilar dos caminheiros.Perto das Azenhas do Mar ninguém pôde ficar indiferente a uma típica construção que consta ter sido arquitectada pelo famoso mestre Raul Lino e que foi habitada por um cubano que escolheu aquele local para viver o seu exílio.Junto às ruínas duma casa semi escondida no matagalfez-se uma curta pausa para o "mata-bicho".Com as mochilas aliviadas e os estômagos aconchegados a caminhada prosseguiuatravés da falésia que se estende sobre a Praia da Aguda,com a Praia de Magoito no horizonte.Após uma ligeira subida registou-se nova paragem para alguns companheiros "passarem pelas brasas" sobre colchões de "suma-pau".Houve até quem optasse por posições pouco cómodas...Seguiu-se um escorregadio passadiçoe a travessia do Pinhal de Nazaré.O Monte da Lua com o altaneiro Palácio da Pena estavam mais pertoe à chegada a Nafarros deu-se o encontro com um companheiro que não pôde participar no passeio pedestre por incapacidade física temporária.Como compensação do esforço dispendido durante os 16 kms. duma caminhada XXL, os caminheiros sentaram-se à mesa do restaurante da União Desportiva e Cultural de Nafarrose "bateram-se" com um cozido à portuguesa superiormente confeccionado por reputadas associadas desta simpática colectividade.Depois do repasto, todos regressaram a casa a pensar que no passeio do próximo domingo haverá "King Cake".

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

UMA HISTÓRIA DAS ARÁBIAS

Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.
Quando o seu testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro. O que fazer?
Eram dezassete camelos e metade seria dada ao mais velho.
Então um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Isso não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro?
É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é matemática.
Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém com conhecimentos sobre camelos ao invés de matemática". Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, pouco ilustrado, porém sábio pela sua experiência. Contaram-lhe o problema.
O velho riu e disse:
- É muito simples, não se preocupem.
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte - seis camelos;
Ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte.
Ora, 9+6+2=17. Sobrou o camelo que tinha sido emprestado.
O velho então, pegou no seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Esta curiosa história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh.

domingo, 4 de dezembro de 2011

E O MAR AQUI TÃO PERTO...

Esta manhã os CAMINHEIROS MONTE DA LUA propuseram a realização de um passeio com uma abordagem à orla marítima.Apesar dos esforços do Luís Morais, tal não foi possível porque encontrámos alguns obstáculos de difícil transposiçãoe alguns caminhos que, por se encontrarem cobertos de silvas, obrigaram a desvios técnicos, provocando um irremediável atraso, que obrigou o grupo a pisar trilhos alternativos e encurtar o passeio matinal.A caminhada teve início cerca das 09h00, junto à capela de Assaforae sob o cinzento celeste, momentâneos chuvisco não impediram os caminheiros de apreciar um bonito espelho de águae uma casa de aldeia com a guarda de honra de duas vistosas palmeiras.Na deslumbrante paisagemo casal Semião mostrou excelente forma física.Hortas bem cuidadase manchas silvestres de apreciáveis dimensões iam ficando para trás.A cada descidasucedia o desafio de vencer uma subidae até uma velha ponte romana se atravessou no nosso itinerário.Apesar da escassez de tempo nem sequer ter permitido uma incursão pela orla marítima, ainda foi possível a habitual pausa para "carregar baterias".Prosseguindo a nossa marcha
alcançámos a aldeia de Cortesia, onde um tanque com peixinhos mereceu especial atenção dos caminheiros,que aproveitaram o local para se verem ao espelho.Um cacho de bananas pendente duma bananeira parecia sugerir que nos encontrávamos numa "República das Bananas",mas depressa concluímos que permanecíamos num lindo país marcado pelo bucolismo.Apesar de circunstancialmente termos sido forçados a superar alguns difíceis obstáculos no percurso, chegámos a Assafora com as mentes e corpos mais sãos, depois de caminharmos ao longo de 12 kms.O mar esteve perto de nós, mas não foi possível lá chegar. Fica para a próxima.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

POBRES E RICOS



A maior desgraça de uma


nação pobre


é que em vez de


produzir riqueza,


produz ricos.


Mia Couto

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

OS FERIADOS E A INDEPENDÊNCIA

Completam-se hoje 371 anos que Portugal se libertou de 60 anos de domínio castelhano.
Para celebrar a restauração da independência em 1640, instituiu-se que o dia 1 de Dezembro seria feriado nacional.
Não obstante a importância desta data, tudo indica que este será o último ano em que este dia será assinalado como feriado nacional, na medida em que o governo da república já o referiu como um dos 4 feriados que pretende eliminar para compensar a não execução da redução da TSU, exigida pela troika.
Está provado que a anunciada redução de feriados não resultará num aumento de produtividade e incremento da economia.
Também não é verdade que em Portugal se desfrute de um número exagerado de feriados. Comparemos então o número de feriados anuais dos países seguintes: Alemanha 10, Bélgica 13, Espanha 33, Estónia 24, Finlândia 13, França 10, Grécia 15, Islândia 32, Itália 13, Letónia 14, Liechtenstein 16, Luxemburgo 13, Holanda 12, Portugal 14, R.Unido 16, Suécia 14.
A redução dos dias feriados resulta duma imposição dos "senhores dos mercados", que só é inquestionável porque afinal a soberania portuguesa já é uma miragem. De facto, passados 431 anos de 1580 a História repetiu-se e voltámos a perder a independência. Será que num futuro próximo poderemos almejar à sua restauração e instituir esse dia como feriado?
Será que quando chegar esse dia, os corruptos e "senhores dos mercados" que contribuiram para a actual situação, também serão defenestrados (atirados janela abaixo), à semelhança do que aconteceu ao traidor Miguel de Vasconcelos em 1640?...Se o dia 1 de Dezembro deixar de ser feriado, a restauração da independência em 1640 tenderá a ser esquecida e um povo que não conhece a história do seu país dificilmente valorizará a sua soberania. Isto parece particularmente grave neste momento em que está em causa a nossa independência.